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A mostrar mensagens de julho, 2006

Rivoli

Esta semana houve muita agitação e muito emoção em redor de um simples acto de gestão da Câmara do Porto: a concessão a privados da exploração do Rivoli. Levantaram-se logo vozes contra o mercantilismo, o economicismo e quejandos. Lamentou-se logo a falta de uma política cultural para o Porto (que talvez não haja mesmo neste momento, mas, para mim, uma política cultural não se faz de subsídios para uma clique de pseudo-intelectuais e pseudo-elites). Fez-se um abaixo-assinado . Sinceramente não percebo tanto barulho... Rui Rio cometeu algum crime? Para alguns, sim... um crime lesa-cultura. Mas será mesmo? É que quando ouço esta gente falar em cultura, gostava que eles explicassem de que "cultura" falam. É que tenho a impressão de que não falamos da mesma coisa (e não me acusem de economicista e outras coisas que tais, pois eu de economia ou gestão até nem percebo muito, aliás até sou de Letras). Também não sou daqueles que coloque a cultura num patamar para além da compreensão

Depois querem que acreditemos neles...

O governo espanhol e o partido que o sustenta nesta situação de crise do Médio Oriente têm mostrado bem de que lado estão. É claro que estão do lado dos terroristas do Hezbollah. Mas apesar disso até ficam ofendidos quando lhes chamam anti-semitas. Mas, depois, põem-se a fazer afirmações como esta : El secretario de Organización del PSOE, José Blanco, ha asegurado hoy que las víctimas civiles provocadas por los bombardeos israelíes en Líbano no son “daños colaterales” sino un “objetivo buscado”. El dirigente socialista ha condenado las acciones terroristas del grupo libanés Hezbolá y “la desproporcionada respuesta de Israel y sus ataques indiscriminados contra la población de Líbano”. Para além da discutível questão da proporcionalidade (proporcionalidade em relação a quê quando se tem um inimigo que tem como objectivo a destruição de Israel), dizer que Israel procura matar civis de propósito só pode vir da mente completamente enviesada e perversa de um esquerdista típico (sendo certo

Leitura obrigatória...

... para o artigo no JN de Francisco José Viegas . Quando se trata de Médio Oriente, ou seja, quando se trata de atacar Israel, a tarefa está facilitada em larga escala. Um contingente de meninas idiotas e genericamente ignorantes, que assina peças de "internacional" nas nossas televisões, não se tem cansado de falar na "agressão israelita" e apenas por pudor, acredito, não tem valorizado os "heróis do Hezbollah". Infelizmente, nem a ignorância paga imposto nem o seu atrevimento costuma ser punido. Isolado desde 1947, quando as Nações Unidas decidiram pela criação de dois estados na região (um israelita, outro árabe) Israel não enfrenta apenas a provocação deliberada ou pontual do Hamas e do Hezbollah. Essa provocação tem sido permanente e é ela a razão de não existir na região um estado palestiniano livre e democrático - não o quiseram, primeiro, os estados árabes da região que invadiram Israel mal a sua independência foi pronunciada; não o quiseram, d

Grand Prix du Centennaire

Há cem anos atrás, mais precisamente em 26 e 27 de Junho de 1906, disputou-se a primeira corrida de automóveis a que se deu o nome de "Grand Prix": foi o Grand Prix de l'Automobile Club de France, antepassado directo da Fórmula 1 actual. Por isso, o Grande Prémio de França que se disputa este ano, neste fim-de-semana, também é o Grand Prix du Centennaire . A história da criação deste grande prémio automobilístico é uma história que nasce do descontentamento francês em relação à prova mais famosa da época. Se o Grand Prix de l'ACF pode ser considerado o antepassado directos dos grandes prémios actuais, é certo que já havia diversas corridas para os tipos de carros que disputaram o primeiro grande prémio da história. Por exemplo, a prova mais famosa da época era a Coupe Gordon Bennet. Esta competição foi criada por James Gordon-Bennet, filho do proprietário do New York Herald, que vivia em França, seu país de adopção, que decidiu, no final de 1899, criar uma competição

Mais um "lapsus linguae"

É incrível que, quando se fala de Israel, a RTP-N tenha tantos "lapsus linguae" (outro aqui ). Ouço agora, no notíciário transmitido após o final da Volta à França, que os mísseis lançados pelo Hezbollah no norte de Israel causaram dois mortos entre os colonos. Entre os colonos? Que colonos? Que eu saiba, as cidades israelitas do norte não estão naquilo a que se chama habitualmente "territórios ocupados" que são, como se sabe, a Cisjordânia e Faixa de Gaza (embora esta, antes do rapto do soldado israelita, estivesse já completamente desocupada). Por isso, nunca se poderia tratar de colonos. A não ser, é claro, que o pessoal da RTP-N siga a cartilha do Hamas que, como não reconhece Israel, considera que todo o território de Israel é território ocupado. Ai, estas imprecisões linguísticas reveladoras!

Brem prega Frei Tomás

... ou, continuando numa de vox populi, "olha para o que digo, não olhes para o que faço" é que se pode concluir desta notícias do The Boston Globe : PROVINCETOWN -- Town leaders here are holding a public meeting today to air concerns about slurs and bigoted behavior. And this time, they say, it's gay people who are displaying intolerance. Para mim nem sequer é surpresa, aqueles que andam sempre com a palavra tolerância na boca, são frequentemente os mais intolerantes.

Viva Italia

Bem já que não chegámos à final, passo a declarar o meu apoio à Itália, não por que eu seja antifrancês, mas apenas porque gosto mais da Itália e da equipa italiana. Quanto a Portugal, fez um bom campeonato, mas não houve um jogo que fosse excepcional, a não ser quanto à vontade de vencer que essa esteve sempre lá. Mas, apesar de termos excelentes jogadores a equipa tinha pouco poder de fogo: Pauleta, Pauleta e Pauleta (e como este não estava inspirado, nicles); Postiga e Nuno Gomes não contavam para o totobola. É um problema que Scolari tem que resolver se continuar em Portugal que, por mim, pode continuar a ser o seleccionador português. No que respeita à França, só posso dizer que há quinze/vinte dias atrás os fãs franceses dificilmente poderiam imaginar a chegada à final. Estive em Paris em Junho, tendo chegado no dia seguinte ao do empate da França com a Suíça. O tom na imprensa e na televisão era absolutamente deprimente (tenho pena de ter deitado fora o L'Équipe e o Le Figar