Barroso e o Parlamento Europeu
A comissão de Durão Barroso vai a votos no Parlamento Europeu. Segundo noticia a TSF, socialistas e liberais ainda têm dúvidas no sentido de voto, mais os primeiros do que os segundos.
Segundo dizem os analistas, a causa próxima da rejeição dos par(a)lamentares socialistas são as declarações do comissário Buttiglione sobre a homossexualidade e o estatuto das mulheres na sociedade. Bastaram uma afirmações fora do politicamente correcto, os media amplificam o caso distorcendo de vez em quando. E, pronto, é quanto baste para apresentar o homem como homofóbo.
Por muito contestáveis que sejam as suas declarações, não vi nelas qualquer homofobia (aliás, era bom que antes de começarem a adjectivarem tudo e todos, era bom definir o conceito com um pouco mais de rigor) nelas. Há sem dúvida uma opinião baseada nas suas crenças religiosas. Mas, e daí? Todos nós temos as nossas opiniões baseadas em crenças (religiosas ou não). Será que as opiniões com base laicas são melhores, só por não são religiosas. Dizem que ele não pode impor a sua visão à sociedade. E os outros, os laicos, podem impor as suas concepção e visões do mundo à sociedade? Tenho eu que acreditar, por exemplo, que uma sociedade multicultural perfeita é possível? Claro que não! Não acredito nisso. Como não acredito que a homossexualidade seja só uma questão de "nurture". Afinal se rapazes e raparigas são diferentes em tanta coisa, como por exemplo, na aprendizagem. No fundo, na política, há sempre uma facção que impõe a sua visão do mundo num aspecto particular à(s) outra(s). Buttiglione tem é que respeitar a instituição onde está e reger-se de acordo com os seus padrões sobre as liberdades e garantias dos cidadãos europeus.
Tudo este caso é de uma enorme hipocrisia que para mim esconde outro facto. O facto é que a esquerda europeia está ressabiada por o presidente da comissão não ser um deles. A escolha de Durão Barroso, alguém que veio da direita, europeísta convicto (para o meu gosto até demais) mas também atlantista e, pior, apoiante de George Bush, caiu-lhes muito mal. Foi um autêntico sapo vivo que engoliram. Por isso, Buttiglione é apenas um pretexto para eles se porem em bicos de pé, para marcarem posição. A comissão no seu todo é considerada demasiado liberal pela esquerda (como a UE tivesse liberais!). Ainda por cima Barroso quer manter Buttiglione e isso a esquerda acha que é arrogância. Como não lhes satisfez a vontadinha, os socialistas querem reprovar a nova equipa de comissários. Enfim... much ado about nothing.
Segundo dizem os analistas, a causa próxima da rejeição dos par(a)lamentares socialistas são as declarações do comissário Buttiglione sobre a homossexualidade e o estatuto das mulheres na sociedade. Bastaram uma afirmações fora do politicamente correcto, os media amplificam o caso distorcendo de vez em quando. E, pronto, é quanto baste para apresentar o homem como homofóbo.
Por muito contestáveis que sejam as suas declarações, não vi nelas qualquer homofobia (aliás, era bom que antes de começarem a adjectivarem tudo e todos, era bom definir o conceito com um pouco mais de rigor) nelas. Há sem dúvida uma opinião baseada nas suas crenças religiosas. Mas, e daí? Todos nós temos as nossas opiniões baseadas em crenças (religiosas ou não). Será que as opiniões com base laicas são melhores, só por não são religiosas. Dizem que ele não pode impor a sua visão à sociedade. E os outros, os laicos, podem impor as suas concepção e visões do mundo à sociedade? Tenho eu que acreditar, por exemplo, que uma sociedade multicultural perfeita é possível? Claro que não! Não acredito nisso. Como não acredito que a homossexualidade seja só uma questão de "nurture". Afinal se rapazes e raparigas são diferentes em tanta coisa, como por exemplo, na aprendizagem. No fundo, na política, há sempre uma facção que impõe a sua visão do mundo num aspecto particular à(s) outra(s). Buttiglione tem é que respeitar a instituição onde está e reger-se de acordo com os seus padrões sobre as liberdades e garantias dos cidadãos europeus.
Tudo este caso é de uma enorme hipocrisia que para mim esconde outro facto. O facto é que a esquerda europeia está ressabiada por o presidente da comissão não ser um deles. A escolha de Durão Barroso, alguém que veio da direita, europeísta convicto (para o meu gosto até demais) mas também atlantista e, pior, apoiante de George Bush, caiu-lhes muito mal. Foi um autêntico sapo vivo que engoliram. Por isso, Buttiglione é apenas um pretexto para eles se porem em bicos de pé, para marcarem posição. A comissão no seu todo é considerada demasiado liberal pela esquerda (como a UE tivesse liberais!). Ainda por cima Barroso quer manter Buttiglione e isso a esquerda acha que é arrogância. Como não lhes satisfez a vontadinha, os socialistas querem reprovar a nova equipa de comissários. Enfim... much ado about nothing.
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