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A mostrar mensagens de julho, 2005

Le Canada n'est pas un pays sérieux

O Canadá não é um país que eu muito admire (quem quiser pode verificar aqui , aqui e aqui ). Agora, depois de ler isto , digam-me lá se os Canadá é ou não dirigido por uns bastardos politicamente correctos e se não é uma ditadura disfarçada de democracia. O conceito de liberdade de expressão é qualquuer coisa de completamente desconhecido no Canadá. Há democracias ocidentais que têm uma tendência terrível para, em nome do politicamente correcto, eliminarem o direito que os cidadãos têm de se expressar livremente. O Canadá, país que pensa que tem que ser o pais mais multicultural do mundo (como se isso por si só fosse uma grande coisa), é dos países que mais tem limitado este direito aos seus cidadãos. A democracia ateniense, com todos os seus defeitos, permitia aos que eram seus cidadãos três direitos fundamentais: a isonomia ("igualdade de direitos" ou perante a lei), a isegoria (igualdade no falar" a actual liberdade de expressão) e isocracia ("igualdade de pode

Uma análise de discurso de um caso concreto

Recentemente comprei um livro intitulado Da Língua e do Discurso , org. por Fátima Oliveira e Isabel Margarida Duarte. Este livro é resultante de um colóquio de linguistas em homenagem ao Prof. Joaquim Fonseca. Este professor foi o primeiro, na FLUP, já em pleno 3.º ano, a fazer-me gostar de linguística (a culpa não será propriamente dos professores dos 1.º e 2.º anos, os programas é que não ajudavam muito e, de qualquer modo, deram base fundamentais). Depois de estruturalismos e gramáticas generativas, depois de Saussure, Jakobson ou Chomsky, depois fonética, fonologia, morfologia, etc... foi bom estudar uma linguística que abordasse também o discurso (não vou agora discorrer sobre definição deste...). Entre as 31 comunicações que compõem o livro houve uma, a de Isabel Margarida Duarte (docente na FLUP), que me chamou a atenção. A comunicação tem o título "A citação no discurso de imprensa: uma «amostra» do caso moderna" e deveria ser lido por todos os aspirantes a jornalist

Férias

Ora aqui está alguém que tem o mesmo entendimento das férias do que eu. Ainda bem...

O Desejado

Parece que o PS encontrou o seu D. Sebastião .

Contrariados, mas lá o despediram...

O Guardian demorou, mas lá acabou por despedir Dilpazier Aslam, conforme informa aqui , onde tenta explicar o historial que levou à contratação de um jornalista que é membro de uma organização islamita radical, Hizb ut-Tahrir, ilegalizada em vários países europeus, mas legal na Grã-Bretanha, que tem no seu sítio web vários textos abertamente anti-semíticos e anti-ocidentais. O artigo que Dilzapier Aslam escreveu para o Guardian depois dos atentados é, como se pode verificar, absolutamente lamentável. De qualquer modo, acredito que, se não fosse a rápida resposta dos leitores e das blogosfera anglo-saxónica, o Guardian nunca teria despedido este "jornalista". Peças jornalísticas anti-semíticas e desculpabilizadoras do terrorismo é coisa que não falta no Guardian. Não podia estar mais de acordo com o que disse o Fernando nesta entrada acerca deste "jornalista": Um verme escrevinhador ousa gabar-se dos atentados de Londres nas páginas de um jornal britânico e justif

O Alcorão e o primado da lei

Leitura recomendada o artigo Il Corano e il primato della Legge da Magdam Allam, sobre as relações, na Europa, entre a justiça e o Islão. I terroristi islamici hanno colpito nuovamente Londra mentre il premier britannico Tony Blair sta trattando con un gruppo di «esponenti islamici » sulle nuove misure per contrastare il terrorismo, dopo aver incassato una fatwa (un responso legale islamico) di condanna dei kamikaze dello scorso 7 luglio. In altri termini, il governo di uno Stato sovrano ha ritenuto opportuno sottoporre le proprie decisioni all'approvazione di alcuni cittadini a cui è stato attribuito in modo del tutto discutibile lo status di rappresentanti di una supposta «comunità islamica», percepita come un corpo a sé stante in seno allo Stato di diritto. Siamo così arrivati all'Europa del «clero islamico», della fatwa e della sharia, la legge coranica. Dopo essersi distinta come retrovia logistica dei combattenti islamici in Afghanistan, Cecenia, Kashmir, Algeria, Bosnia

Manutenção

Já há algum tempo que precisava de fazer uma limpeza na coluna da direita, pois havia ligações que já não levavam a lado algum. Assim, fiz uma pequena remodelação eliminado aqueles que estavam inválidos. Aproveitei, também, para introduzir novas ligações. Destas, quero destacar o blog The Guest of Time , verdadeiramente brilhante.

Este já levou um par de patins...

Ouço o Mário Crespo dizer que José Sócrates propôs ao Presidente da República a exoneração de Luís Campos e Cunha (segundo é dito a seu pedido)... Era de esperar, depois de ter criticado, no último sábado, uma vaca sagrada do socialismo (o investimento público), sendo patente o duplo discurso no governo a esse propósito (basta ouvir as declarações de hoje de Mário Lino), Sócrates escolheu o socialismo... A credibilidade do governo vai pelas ruas da amargura..

Edward Heath (1916-2005)

Sir Edward Heath foi o primeiro-ministro britânico que fez a Grã-Bretanha entrar na então Comunidade Económica Europeia (juntamente com a Irlanda e a Dinamarca), naquilo que se pode considerar como o primeiro alargamento, a 1 de Janeiro de 1973. Mas ele é também o primeiro chefe de governo britânico de que me lembro. E lembro-me que o seu mandato, para além dessa coroa de glória, foi muito conturbado na sua parte final, sobretudo pela greve de mineiros liderada por Arthur Scargill - que dez anos mais tarde tentou a mesma gracinha contra a Dama de Ferro e lixou-se, nunca o sindicato dos mineiros teve mais a força de outrora (os tempos também estava a mudar, mas a esquerda sindicalista, empedernida como é, não se deu conta disso)- e que levou às eleições de 1974 que Heath perdeu para Harold Wilson (trabalhista). Ainda por cima o seu mandato sofre em comparação com o que Margaret Thatcher, de quem ele nunca se aproximou, conseguiu mais tarde, quando no final de década de 70 pôs os conserv

Os novos servos dos tempos modernos

Do sempre recomendável Ivan Rioufol, na sua coluna semanal Le Bloc-notes : A propos du modèle français, de nouveau défendu hier par Jacques Chirac : l'emploi public a progressé de 24% entre 1982 et 2003, selon un rapport officiel diffusé lundi. Fin 2003, les fonctionnaires représentaient 5 millions de personnes, soit un salarié sur cinq. Selon les calculs de l'association des Contribuables associés, les Français consacrent 196 jours sur 365 – soit jusqu'au 16 juillet – à financer le secteur public. Ils travaillent donc un jour sur deux pour l'Etat. Commentaire de l'association : «Au Moyen Age, un homme était considéré comme serf lorsqu'il devait payer plus de 40 jours à son seigneur». A França sempre orgulhosa da sua herança bonapartista.

E há quem lhes chame combatentes pela liberdade

Vingt-quatre enfants tués dans un attentant suicide à Bagdad . Para quem tinha dúvidas quanto à verdadeira natureza dos chamados "insurgentes" iraquianos (que não passam de "terroristas", mas que muita imprensa tradicional tem medo de utilizar a palavra), esta notícia deveria abrir-lhes os olhos.

Circuito Automóvel da Boavista

Eu sou um confesso apaixonado pelos automóveis (sobretudo pelos carros de F1 e Grand Prix) pelo que nunca poderia estar contra a ideia de Rui Rio de reavivar o Circuito da Boavista , ainda por cima tão pertinho da minha casa. Logo por azar, este fim-de-semana tive que trabalhar, pois tenho trabalho para entregar amanhã, pelo que nem sequer tive oportunidade de ir dar uma espreitadela ao circuito. Fiquei-me por ver as imagens da SIC-Notícias e ouvir os motores (que se ouviam distintamente em minha casa). Mas ver todos aqueles carros fantásticos na televisão foi bastante bom, só foi pena o realizador não perceber nada sobre automóveis (que pobreza de realização - fazer cobertura de corridas automóveis não é o mesmo que fazer o Caras Notícias). De manhã, tinha lido no Jornal de Notícias a oposição do Bloco de Esquerda a este evento: BE acusa Rio de brincar aos carrinhos O Bloco de Esquerda contestou, ontem, a realização do Circuito da Boavista, que "Rui Rio utiliza para colar à sua

Madeira...

A Madeira, é bem certo, bem muito deve a João Jardim pelo desenvolvimento conseguido nos últimos 30 anos, mas isso não lhe dá autorização para dizer todos os dislates que lhe vêm à cabeça. No caso actual das suas declarações sobre os chineses, que ele acaba de reiterar , mais do que xenófobas, as suas declarações são um autêntico disparate. O desporto de acusar os estrangeiros pelos problemas que se têm em casa é muito perigoso e normalmente dá asneira (é só olhar para o passado). Mas o mais divertido (ou neste caso, o mais triste) é o facto de Jardim ter dito a propósito de Marques Mendes (que tinha considerado as declarações como "infelizes"): O caso dr. Marques Mendes será amanhã apreciado no Conselho Regional. O dr. Marques Mendes é a segunda que me faz. À primeira, todos podem cair; à segunda já é mais grave. Como muitos leitores deste blogue sabem, eu sou militante do PSD e nem sequer sou fã do Dr. Marques Mendes, mas que outra coisa poderia ter ele dito? Que as declara

Parole parole soltanto parole

"O Sr. Blair teve agora o mesmo que o Sr. Aznar". Esta afirmação inacreditável foi feita pelo "senador" Mário Soares (cuja inimputabilidade é bem conhecida e mesmo completamente reconhecida). Esta afirmação é quase idêntica às declarações de Abdelilah Suisse (que dá aulas na FLUP) que, também na SIC-N, disse que o atentado era consequência das políticas inglesas. Bem, esta linha de argumentação é, no fundo, tentar justificar o injustificável. A responsabilidade primeira por este atentado de Londres é exclusivamente dos seus autores e mais ninguém. A Al-Qaeda tem uma visão de mundo em que vê o Ocidente e a sua democracia como inimigos. Ela pretende destruir-nos, não importa como, porque nós somos os infiéis. E quer impor um novo Califado. Quem não compreendeu isso, não compreendeu nada e vai inventando novos "Muniques" até à derrota final. O Iraque, a Palestina, etc., etc. são apenas argumentos tácticos que estas organizações terroristas vão utilizando par

Para quem já se esqueceu...

O terrorismo anda novamente à solta pela Europa. Hoje foi em Londres... não que os ingleses não estivessem à espera, só não sabiam quando. Há gente que não sabe viver na Europa (ou em qualquer outro país civilizado). É preciso que os políticos europeus tenham vontade de os irradicar de veze sejam eles quem forem.

Baudelaire, francês e inglês...

Pensei que o exclusivo de fazer citações de autores franceses em inglês era uma exclusivo de direita blogosférica. Mas, afinal, esta conhecida bloquista também incorreu neste crime lesa-majestade. Ainda para mais com a possibilidade de fazer a citação em francês graças à Internet. La danse peut révéler tout ce que la musique recéle de mystérieux, et elle a de plus le mérite d'être humaine et palpable. La danse, c'est la poésie avec des bras et des jambes, c'est la matière, gracieuse et terrible, animée, embellie par le mouvement. La Fanfarlo É ou não é mais bonito em francês?

Novas do multiculturalismo

Um deputado neo-zelandês muçulmano não se opõe, de acordo com a Charia, que em certos países os homossexuais e adúlteros(as) sejam lapidados. Muslim MP Ashraf Choudhary will not condemn the traditional Koran punishment of stoning to death some homosexuals and people who have extra-marital affairs. But the Labour MP - who has struggled with his "role" as the sole parliamentary representative of the local Muslim community - is not advocating the practice here. Mr Choudhary once again found himself between a rock and a hard place on questions of Islam when he appeared on TV3's 60 Minutes programme last night. It was examining warnings about extreme fundamentalism within New Zealand's Islamic community. Mr Choudhary was asked: "Are you saying the Koran is wrong to recommend that gays in certain circumstances be stoned to death?" He replied: " No, no. Certainly what the Koran says is correct. "In those societies, not here in New Zealand," he a

Ai! estes belgas...

...tão insensíveis às outras culturas! Ler esta notícia divertiu-me mas, confesso, também me espantou um pouco. E espantou-me porque se passou num país da "Velha Europa", com problemas com a sua própria comunidade muçulmana com uma minoria fortemente radicalizada, e por a história incluir deputados de esquerda frequentemente sensíveis a questões "politicamente correctas". Mas para além do lado divertido desta história, há uma outra face mais sinistra: a do totalitarismo islamita que quer impor aos outros, que nem sequer são da mesma fé nem do mesmo país, as suas próprias concepções do mundo. Para esta gente, o ditado "em Roma, sê romano" não faz sentido nenhum. A compreensão do "outro", como tudo na vida, e já me estou a repetir em relação a esta frase, é uma estrada com dois sentidos. O "outro" também tem que nos compreender, senão estala definitivamente uma "guerra de culturas". Isto é uma coisa que a esquerda do "pens