Contrariados, mas lá o despediram...

O Guardian demorou, mas lá acabou por despedir Dilpazier Aslam, conforme informa aqui, onde tenta explicar o historial que levou à contratação de um jornalista que é membro de uma organização islamita radical, Hizb ut-Tahrir, ilegalizada em vários países europeus, mas legal na Grã-Bretanha, que tem no seu sítio web vários textos abertamente anti-semíticos e anti-ocidentais.

O artigo que Dilzapier Aslam escreveu para o Guardian depois dos atentados é, como se pode verificar, absolutamente lamentável. De qualquer modo, acredito que, se não fosse a rápida resposta dos leitores e das blogosfera anglo-saxónica, o Guardian nunca teria despedido este "jornalista". Peças jornalísticas anti-semíticas e desculpabilizadoras do terrorismo é coisa que não falta no Guardian.

Não podia estar mais de acordo com o que disse o Fernando nesta entrada acerca deste "jornalista":
Um verme escrevinhador ousa gabar-se dos atentados de Londres nas páginas de um jornal britânico e justificá-los como actos de “petulância”. Se calhar estão bem um para o outro. Mas estão todos claramente a mais em qualquer sociedade decente que não tenha perdido os últimos vestígios de coragem e de dignidade.
Por outro lado, há uma coisa que me intriga: será que os jornais, com as suas manias politicamente correctas, não aprendem nada com os erros do passado?

Numa tentativa de aumentar a "diversidade" nas redacções os jornais contratam jornalistas vindos de diversos tipos de minorias. Mas, frequentemente, estas políticas dão "barraca", pois as pessoas que entram por este esquema não são devidamente avaliadas. Foi o que aconteceu com Jason Blair, com todas as consequências que isso teve para o NYT. Quando outros factores, para além dos profissionais, entram em jogo, a competência sai sempre a perder. Isto de considerar que a "diversidade" é sempre um ganho absoluto, seja em circunstância for é uma perfeita idiotice.

Para além de podermos também ter que discutir o próprio conceito de "diversidade"...

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