Imparcialidade novamente (parte II)
O Terras do Nunca decidiu responder ao meu artigo de ontem acusando-me de me arvorar em "detentor da verdade, quando tudo o que escreveu é de uma enorme subjectividade".
É claro que quem me lê com frequência jamais me poderia acusar de querer ser detentor de verdade, (para além de a definição de "verdade" ser um poucochinho complicada, pelo menos desde Aristóteles). Limito-me a analisar as coisas pela minha cabeça segundo a informação que consigo recolher.
Quanto à "enorme subjectividade", bem, aí estamos de acordo, porque eu não me escondo por trás de uma suposta "isenção", "imparcialidade" ou "objectividade" ao contrário do que faz grande parte dos jornalistas, como se pudessem planar acima do mundo onde vivem e não tivessem nada que ver com ele.
Se o JMF não é um defensor da "objectividade jornalística", fico contente, pois é evidente que esta não passa de um mito. E, mais, uma vez tem razão em afirmar que a liberdade e a concorrência nos permitem escolher quem queremos ler. É a óbvia vantagem de uma economia de mercado.
Agora o que penso é que parte da cobertura que o Público fez do debate parlamentar não reflectiu o que lá se passou. É a minha opinião e agora, graças à Internet, posso dizê-lo quando e como quero. Não estou dependente de uma qualquer "página do leitor" nem preciso de um provedor. E, para o bem e para o mal, os jornalistas e os media em geral vão ter que se habituar a isso.
Paciência...
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