Reforma protestante

Foi na véspera do dia de Todos os Santos de 1517 que Lutero (10/11/1483 - 18/02/1546) publicou as suas 95 teses contra as indulgências na porta da igreja do castelo de Vitermberga.

Foi há 487 anos e mudou, para o bem ou para o mal, para sempre a face da Europa. A partir desse dia, Lutero começou a incompatiblizar-se com a Igreja Católica (apesar das teses expostas em si não exprimirem nenhum ponto de vista irreconciliável com as posições da Igreja), até ser condenado pela bula Exsurge domine de 15 de Junho de 1520. Aos poucos a Reforma começava a expandir-se pela Alemanha.

Depois do Cisma do Oriente em 1054, que separou a Igreja Católica da Igreja Ortodoxa de Constatinopla, a Igreja Católica já tinha sofrido uma outra grande crise com o chamado Grande Cisma do Ocidente, entre 1378 e 1417. A crise foi resolvida mas a autoridade da Igreja ficou muitíssimo abalada. O poder pontifício, a organização hierárquica e os sacramentos foram postas em causa por homens como Wyclif e Jan Huss. Assim, a Reforma protestante não nasceu do nada, mas apenas culminou um mal-estar que se sentia na Igreja na época tardo-medieval.

Comentários

Anónimo disse…
Podemos ler que a partir desse famoso 31 de Outubro, a escalada à divergência teológica chegou a atingir pontos verdadeiramente irreconciliáveis.

Quando hoje se tenta ecumenicamente a aproximação das partes é frequentemente às custas de convicções protestantes clássicas que os actuais mordomos dessa herança alcançam bajulantemente as graças papais.

É de referir ainda que o que realmente divide o protestantismo do romanismo é a própria existência do Papa, que não tem suporte bíblico ou cristão para poder ter uma autoridade "que veio do alto".

Como o Papa é a coluna vertebral do romanismo e nunca será admitido extinguir-se pelos romanistas, e obviamente nunca será aceite jamais pelos protestantes fiéis ao credo e fé bíblica, a reconciliação nunca será verdadeiramente alcançada. Instituições tradicionais protestantes a podem mascarar, mas são instituições que se encontram ao abandono e sem expressão númérica nem consistem mais em fiéis de convicções mas de tradições tão iguais às que outrora existiam para combater!
Anónimo disse…
ler todo o blog, muito bom

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