Fernando Pessoa

Faz hoje exactamente 69 anos que morreu Fernando Pessoa que, segundo Octavio Paz, premio Nobel da literatura e seu tradutor mexicano, era o maior poeta do século XX.

Nascido a 13 de Junho de 1888 em Lisboa, Pessoa faleceu a 30 de Nobembro de 1935, também em Lisboa, aos 47 anos, quando estava em plena maturidade poética.

Como já disse, não sou um especialista em Pessoa noutro artigo, mas tenho uma grande admiração pela sua obra, sobretudo pela Mensagem, que tem alguns dos melhores poemas que jamais li, mas também pelos seus heterónimos Alberto Caeiro e Ricardo Reis que têm poesias absolutamente admiráveis (p. ex. a série «O Guardador de Rebanhos» de Caeiro).

Não tenho muito tempo para continuar a falar de Pessoa, pelo que deixo aqui um dos poemas de que mais gosto:

    QUINTA
    D. SEBASTIÃO
    REI DE PORTUGAL

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Provavelmente ainda hoje voltarei a Pessoa.

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