Multiculturalismo em pedaços
Todos os que me lêem sabem que eu não sou um adepto do multiculturalismo na forma em que ele é geralmente entendido, isto é, como comunitarismo. Digo isto por vário motivos.
O primeiro, é porque essa visão ignora o indivíduo e tende a considerar que um determinado indivíduo pertencente a uma determinada etnia, raça, religião deveria actuar de acordo com as ideais predominantes da comunidade a que pertence. Qualquer desvio a essa conduta é vista como uma traição à sua comunidade. A liberdade individual, nesta visão comunitarista, fortemente restringida pois tal indivíduo será logo posto à parte.
O segundo, obviamente relacionado com o primeiro, é que a visão comunitarista torna a comunidade minoritária fechada e, por isso mesmo, não se integrando no país onde estão. Até podem viver há muito tempo no país, falar bem a língua, frequentar a escola, mas como estão encerrados na comunidade, pelos seus contrangimentos sociais, religiosos, etc., nunca aceitarão as regras dessa sociedade onde se deveriam integrar.
E o pensamento politicamente correcto não ajuda em nada para a resolução do problema. Por exemplo li ontem no The Sun que um centro comercial em Birmingham iria, neste Natal, fazer desaparecer o Pai Natal para não ofender os não-cristãos. Para além da enorme estupidez de quem tomou esta decisão, este género de atitudes impede que as várias comunidades sejam confrontadas com um mundo que não se conforma aos limites da sua comunidade.
Como diz Hirshi Ali, deputada ao Parlamento holandês, de origem somaliana e que se refere a si própria como ex-muçulmana, citada nesta Le Figaro:
«Les Pays-Bas se sont vus comme un modèle de tolérance, mais cantonner les immigrés dans leurs communautés, laisser les femmes musulmanes prisonnières du carcan fondamentaliste et de l'excision, est-ce de la tolérance ou de l'aveuglement ?»
Por isso, nunca compreendi o fascínio de muitos intelectuais por modelos multiculturalistas baseados em comunidades. Não vêem que estão a condenar milhões de pessoas a uma prisão social, a estereótipos, a impedir a realização pessoal e individual?.
O primeiro, é porque essa visão ignora o indivíduo e tende a considerar que um determinado indivíduo pertencente a uma determinada etnia, raça, religião deveria actuar de acordo com as ideais predominantes da comunidade a que pertence. Qualquer desvio a essa conduta é vista como uma traição à sua comunidade. A liberdade individual, nesta visão comunitarista, fortemente restringida pois tal indivíduo será logo posto à parte.
O segundo, obviamente relacionado com o primeiro, é que a visão comunitarista torna a comunidade minoritária fechada e, por isso mesmo, não se integrando no país onde estão. Até podem viver há muito tempo no país, falar bem a língua, frequentar a escola, mas como estão encerrados na comunidade, pelos seus contrangimentos sociais, religiosos, etc., nunca aceitarão as regras dessa sociedade onde se deveriam integrar.
E o pensamento politicamente correcto não ajuda em nada para a resolução do problema. Por exemplo li ontem no The Sun que um centro comercial em Birmingham iria, neste Natal, fazer desaparecer o Pai Natal para não ofender os não-cristãos. Para além da enorme estupidez de quem tomou esta decisão, este género de atitudes impede que as várias comunidades sejam confrontadas com um mundo que não se conforma aos limites da sua comunidade.
Como diz Hirshi Ali, deputada ao Parlamento holandês, de origem somaliana e que se refere a si própria como ex-muçulmana, citada nesta Le Figaro:
«Les Pays-Bas se sont vus comme un modèle de tolérance, mais cantonner les immigrés dans leurs communautés, laisser les femmes musulmanes prisonnières du carcan fondamentaliste et de l'excision, est-ce de la tolérance ou de l'aveuglement ?»
Por isso, nunca compreendi o fascínio de muitos intelectuais por modelos multiculturalistas baseados em comunidades. Não vêem que estão a condenar milhões de pessoas a uma prisão social, a estereótipos, a impedir a realização pessoal e individual?.
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