Ciência em evolução

Quando nos anos 80 a datação por carbono-14 dava ao Santo Sudário uma antiguidade que não iria além de tempos medieivais (julgo que séc. XIV), vieram logo dizer que a ciência tinha provado que o Sudário era um mito.

Agora, um senhor chamado Raymond Rogers publica uma investigação que diz que o Santo Sudário pode ser mais antigo do que anteriormente pensado e que poderia ter entre 1300 e 3000 anos.

Há gente que anda sempre com a ciência na boca, como se esta tivesse a verdade absoluta (numa crença positivista completamente fora de tempo), e como prova de que a religião não passa de uma falácia. Mas a ciência não é estática nem sequer tão exacta como nos querem fazer crer. A evolução é constante e novos paradigmas vêm desafiar e tentar desalojar os anteriores.

Pela minha parte não sei, sinceramente, se o Santo Sudário tem 600 ou 3000 anos, nem isso tem qualquer importância para a minha fé. Mas, andar sempre a brandir com a ciência na mão a acusar a religião de ser uma mentira não é, certamente, a melhor opção para quem, muito legitimamente, pensa que Deus não existe.

Esperemos novos desenvolvimentos.

Comentários

Marco Oliveira disse…
Pois é, Rui.
O problema é que há quem pense que o sudário é o fundamento da sua fé. Como se o Cristianismo se baseasse no sudário...
Já uma vez escrevi sobre isso.
http://povodebaha.blogspot.com/2004/04/o-sudrio-e-os-fundamentos-da-f.html

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