Listas eleitorais do Porto

No meu distrito do Porto vão-se compondo aos poucos as listas de candidatos à Assembleia da República. No PSD, a possível inclusão de Pôncio Monteiro criou a confusão, como aliás seria de prever. Não percebo porque é que Santana se meteu nisto. As pessoas sabem distinguir bem entre política e futebol. Eu sou portista desde que me conheço (o primeiro jogo que vi, isto é, de que tenho memória ter visto, no Estádio das Antas foi um Porto/Académica na época de 1969/1970) e voto PSD e daí não vem qualquer incoerência. Esta confusão entre futebol e política, o aproveitamento da notariedade de pessoas que, por méritos que pouco tem que ver com a sua acção política, são lançadas para lugares como estes de deputados e algo de verdadeiramente lamentável e nada traz de novo. Não é esta a renovação que pretendemos.

Por outro lado, o PS no Porto também não traz muito de novo. A seguir a Braga da Cruz, vêm Fernando Gomes, Manuela de Melo e José Lello (não exactamento por esta ordem, mas também não faz mal, entram todos) é tudo menos renovação. Eu sei que o trabalho de deputado não é apenas falar no hemiciclo. Mas, de facto, continuamos a ver, em praticamente todos os partidos, sempre as mesmas caras. Não que a renovação pela renovação seja uma vantagem per si, mas nós já sabemos que de muitos destes não há nada verdadeiramente de novo a esperar.

Bom, esperemos para ver as listas completas. Trata-se no fundo só de uma questão de curiosidade, pois com o nosso sistema actual, as pessoas acabam por votar no primeiro-ministro, não nos cabeças de lista eleitorais de cada distrito. Para ser doutra forma tinha-se que mudar o sistema, o que não me parece que vá acontecer.

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