Campanha rasca?
Vejo muitas virgens púdicas preocupadas actualmente com aquilo que dizem ser uma pré-campanha de baixo nível. Sócrates diz mesmo que nunca nada disto tinha acontecido.
É claro que a memória é muito selectiva, mas se recuarmos a 1979 e 1980, veremos como o ataque pessoal foi utilizado para tentar impedir que Sá Carneiro e a AD chegasse à maioria absoluta. Foi tratado de "caloteiro", fizeram-se referências à sua situação matrimonial - ele, naqueles tempos, como casado pela Igreja não podia divorciar-se, mas estava separado da mulher e vivia com a Snu. Foram ataques pessoais, à sua vida privada (feitas pela esquerda, tentando aproveitar hipocritamente aquilo que pensava ser a moral vigente).
E mais, não foram insinuações, foram afirmações que circularam por todo o país, escritas pelas paredes (não havia Internet) e, salvo erro, no Diário, jornal diário que existia na altura e era próximo do PCP.
Aliás, não me consta que o deputado Jerónimo que está tão repugnado com o nível da campanha actual, se tivesse queixado em 1979/80 do nível das campanhas desses anos.
De qualquer modo, penso que a campanha não está a esclarecer em nada os eleitores, se calhar está mas é a afastá-los, pois está-se a fazer ruído à volta de um assunto menor (e que nem merecia sequer ser mencionado), esquecendo-se as propostas que verdadeiramente serão postas em execução para vencermos a crise.
Mas até agora tem andado tudo muito mauzinho.
É claro que a memória é muito selectiva, mas se recuarmos a 1979 e 1980, veremos como o ataque pessoal foi utilizado para tentar impedir que Sá Carneiro e a AD chegasse à maioria absoluta. Foi tratado de "caloteiro", fizeram-se referências à sua situação matrimonial - ele, naqueles tempos, como casado pela Igreja não podia divorciar-se, mas estava separado da mulher e vivia com a Snu. Foram ataques pessoais, à sua vida privada (feitas pela esquerda, tentando aproveitar hipocritamente aquilo que pensava ser a moral vigente).
E mais, não foram insinuações, foram afirmações que circularam por todo o país, escritas pelas paredes (não havia Internet) e, salvo erro, no Diário, jornal diário que existia na altura e era próximo do PCP.
Aliás, não me consta que o deputado Jerónimo que está tão repugnado com o nível da campanha actual, se tivesse queixado em 1979/80 do nível das campanhas desses anos.
De qualquer modo, penso que a campanha não está a esclarecer em nada os eleitores, se calhar está mas é a afastá-los, pois está-se a fazer ruído à volta de um assunto menor (e que nem merecia sequer ser mencionado), esquecendo-se as propostas que verdadeiramente serão postas em execução para vencermos a crise.
Mas até agora tem andado tudo muito mauzinho.
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