Falta de memória...

Leio no Causa Nossa:

[Teresa de Sousa] escamoteia, porventura por economia de espaço, que o consenso que desde 1974 existiu em torno da política externa entre a esquerda e a direita em Portugal, fundado na Constituição da República - que impõe o respeito "legalista", "formal" e informal, do Direito Internacional e da legalidade internacional - foi, de facto, rompido por Durão Barroso e pela coligação de direita ao apoiarem a guerra "preventiva" de Bush e Blair no Iraque, na base de pretextos enganados e enganadores, e a subsequente ocupação militar. Mas, ao rotular de "anti-americana" a linha da direcção Ferro Rodrigues do PS, TdS resvala num primarismo incompatível com a qualidade da sua análise, em geral.

Salvo melhor opinião, Portugal também não respeitou lá muito a legalidade em 1999 no ataque ao Kosovo, região que foi subtraída ao país a que pertence em nome de uma limpeza étnica que parece não ter existido (se a compararmos ao que aconteceu depois de 1999, em que os kosovares albaneses têm feito uma verdadeira étnica, tanto assim que a população de sérvios é muito inferior à dos tempos anteriores ao ataque da Nato).

Ana Gomes talvez se tenha esquecido disto...

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