O problema é outro
Paulo Gorjão na sua entrada O dia do rescaldo diz o seguinte (e transcrevo integralmente):
O menino guerreiro recusa-se a esclarecer se se demite em caso de derrota eleitoral. Mas, em off, os seus colaboradores mais próximos vão preparando o terreno para a noite das eleições. Se o menino guerreiro tiver pelo menos 30% dos votos, o PSD está tramado.
Que nenhum simpatizante ou militante do PSD diga que não sabe ao que vai no dia 20 de Fevereiro.
A fasquia é muito clara. Se o partido tiver 30% dos votos, o menino guerreiro vai agarrar-se ao cargo de Presidente do PSD como quem luta pela sua vida.
Depois digam que estão a votar no PSD e não nele...
Mas parece-me que o Paulo Gorjão não está a ver o problema na mesma perspectiva de que muitos, como eu, eleitores do PSD que embora não apreciando Santana de sobremaneira, tudo farão para que os socialistas não ganhem. E tudo faremos porquê?
Porque não partimos da premissa de que tudo é preferível a Santana e vai daí se vote no candidato não-Santana. Porque, pelo contrário, pensamos que uma governação socialista será dez vezes pior do que uma governação de um Santana Lopes legitimado pelo voto - e que até terá mais liberdade em escolher quem quiser, porque, se ganhar, ganhará contra grande parte do partido que depois não poderá reclamar as eventuais prebendas a que se julgam dignos.
Porque só a aparição daquele fantasma do passado de má-memória chamado António Guterres deve ter posto os cabelos em pé as milhares de portugueses embora, por outro lado, tenha sido útil para relembrar os portugueses de que é podem esperar se Sócrates vencer. Aliás, o PS deveria meditar em palavras como as de Medina Carreira antes de voltar a tirar Guterres da cartola.
Assim, ao contrário do que Paulo Gorjão assume, mesmo para muitos militantes do PSD que não gostam de Santana (e que não são notáveis, nem barões do partido), o nosso adversário não é o presidente actual do partido, mas sim o PS do inefável José Sócrates.
Por isso, não há drama nenhum em votar PSD a 20 de Fevereiro, seja qual for o resultado e faça o que fizer Santana, pois, acima de tudo, está a vontade de derrotar o PS (por muito que isso pareça impossivel).
O menino guerreiro recusa-se a esclarecer se se demite em caso de derrota eleitoral. Mas, em off, os seus colaboradores mais próximos vão preparando o terreno para a noite das eleições. Se o menino guerreiro tiver pelo menos 30% dos votos, o PSD está tramado.
Que nenhum simpatizante ou militante do PSD diga que não sabe ao que vai no dia 20 de Fevereiro.
A fasquia é muito clara. Se o partido tiver 30% dos votos, o menino guerreiro vai agarrar-se ao cargo de Presidente do PSD como quem luta pela sua vida.
Depois digam que estão a votar no PSD e não nele...
Mas parece-me que o Paulo Gorjão não está a ver o problema na mesma perspectiva de que muitos, como eu, eleitores do PSD que embora não apreciando Santana de sobremaneira, tudo farão para que os socialistas não ganhem. E tudo faremos porquê?
Porque não partimos da premissa de que tudo é preferível a Santana e vai daí se vote no candidato não-Santana. Porque, pelo contrário, pensamos que uma governação socialista será dez vezes pior do que uma governação de um Santana Lopes legitimado pelo voto - e que até terá mais liberdade em escolher quem quiser, porque, se ganhar, ganhará contra grande parte do partido que depois não poderá reclamar as eventuais prebendas a que se julgam dignos.
Porque só a aparição daquele fantasma do passado de má-memória chamado António Guterres deve ter posto os cabelos em pé as milhares de portugueses embora, por outro lado, tenha sido útil para relembrar os portugueses de que é podem esperar se Sócrates vencer. Aliás, o PS deveria meditar em palavras como as de Medina Carreira antes de voltar a tirar Guterres da cartola.
Assim, ao contrário do que Paulo Gorjão assume, mesmo para muitos militantes do PSD que não gostam de Santana (e que não são notáveis, nem barões do partido), o nosso adversário não é o presidente actual do partido, mas sim o PS do inefável José Sócrates.
Por isso, não há drama nenhum em votar PSD a 20 de Fevereiro, seja qual for o resultado e faça o que fizer Santana, pois, acima de tudo, está a vontade de derrotar o PS (por muito que isso pareça impossivel).
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