A situação no PSD

Como militante do PSD estou naturalmente atento ao que se vai passando e às movimentações tendo em vista a liderança do partido, mas até agora não estou muito entusiasmado com o que se passa e não vejo qualquer renovação à vista. Mas, vamos ver alguns dos pontos que acho preocupantes.

1. Urgência. Espero que não marquem o Congresso com demasiada rapidez. Menezes diz que tem informações que dizem que o Congresso será a 23/24 de Abril. Menos mal. É que se houver pouco tempo, não haverá tempo para uma verdadeira discussão, nem sequer dará oportunidade a uma renovação. É certo que o partido não pode ficar sem líder muito tempo, mas também não se o pode substituir com demasiada rapidez, pois arriscamo-nos daqui a um ano estarmos a eleger um outro líder.

2. Processo. Não é indiferente o processo de eleição do novo presidente do partido. Quanto a este assunto, ler a entrada Boas práticas no Quarta República. Estou substancialmente de acordo.

3. Candidatos. Os candidatos até agora perfilados, Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, não são arautos de qualquer renovação. Rui Rio diz que há novas candidaturas em preparação. Espero bem. De qualquer modo a mania de realçar a questão de recentrar o partido (ao centro-esquerda) ou as referências constantes à social-democracia são talvez excessivas. Menezes na sua apresentação de candidatura falou de implementar medidas económicas liberais, mas as sociais serão sociais-democratas. Parece-me um oxímoro, mas enfim.

Vamos a ver como evoluem estas variáveis.

Comentários

Marco Oliveira disse…
Vai ser necessário um lider que aguente o desgaste de 4 anos de oposição. Penso que estar na oposição é mais desgantante do que estar no governo (sobretudo nos próximos dois anos e meio).

Além disso, o novo lider terá de conseguir pegar num partido ressacado desta derrota recente e defender/apresentar um candidato forte às Presidenciais.

Não vai ser um trabalho nada fácil. Mas um bom lider deve conseguir realizar tarefas diiceis.

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