Símbolos
A UE tem a mania de regular tudo e mais alguma coisa (embora isso seja um dos seus maiores problemas). Agora quer proibir os símbolos nazis. Não é, obviamente, por proibir por decreto os símbolos nazis que eles vão desaparecer.
Sou contra qualquer tipo de proibição deste tipo pois não é assim que se combate uma ideologia. Afinal o que é proíbido atrai sempre mais. Por outro lado, leva então a outras ideias, também perfeitamente legítima neste quadro, que é a de proibir outros símbolos que, para certos povos da Europa são tão odiosas quanto o nazismo como, por exemplo, o comunismo.
Por isso mesmo, deputados polacos do Parlamento Europeu propuseram a ilegalização tanto a suástica como a foice e o martelo, enquanto símbolos de dois regimes totalitários geradores de grande sofrimento.
Eu percebo os polacos. Estiveram 5 anos sob o brutal domínio nazi, mas esse domínio foi facilitado pela traição dos soviéticos, que pelo pacto germano-soviético de não agressão, permitiu a divisão da Polónia em duas zonas de influência, tendo os soviéticos invadido a Polónia a 17 de Outubro de 1939, quando os polacos se batiam ainda contra os alemães. É preciso notar que, pouco depois, vários milhares de soldados polacos foram assassinados pelos soviéticos (que depois tentaram acusar os nazis deste caso).
Os polacos também não se esquecem dos quase 50 anos de ditadura comunista. Não é, por esse facto, espantoso que os eurodeputados tenham tomado esta iniciativa pois, para eles, é tão odioso o fascimo como o comunismo.
Franco Frattini teve que vir enquadrar então a proibição da suástica nazi "ao abrigo de uma futura decisão-quadro anti-racista". Mas Frattini reconhece que "compreende muito bem que o símbolo da ex-URSS provoque tanto receio quanto o símbolo nazi, sobretudo nos países do antigo império soviético", estando a diferença, segundo Frattini, no facto da cruz suástica dos nazis ser "o símbolo de uma ideologia racista e anti-semita, abominada pelo sistema de valores da União Europeia, o que não acontece com a foice e o martelo".
De facto, o nazismo era racista, o comunismo não, mas ambos praticaram o genocídio (perguntem aos ucranianos sobreviventes da fome dos anos 30 a que Estaline os condenou, aos cambojanos que sobreviveram a Pol Pot ou aos "boat-people" vietnamitas).
De qualquer modo, as proibições de símbolos são inúteis pois essas ideologias não desaparecem por decreto.
Sou contra qualquer tipo de proibição deste tipo pois não é assim que se combate uma ideologia. Afinal o que é proíbido atrai sempre mais. Por outro lado, leva então a outras ideias, também perfeitamente legítima neste quadro, que é a de proibir outros símbolos que, para certos povos da Europa são tão odiosas quanto o nazismo como, por exemplo, o comunismo.
Por isso mesmo, deputados polacos do Parlamento Europeu propuseram a ilegalização tanto a suástica como a foice e o martelo, enquanto símbolos de dois regimes totalitários geradores de grande sofrimento.
Eu percebo os polacos. Estiveram 5 anos sob o brutal domínio nazi, mas esse domínio foi facilitado pela traição dos soviéticos, que pelo pacto germano-soviético de não agressão, permitiu a divisão da Polónia em duas zonas de influência, tendo os soviéticos invadido a Polónia a 17 de Outubro de 1939, quando os polacos se batiam ainda contra os alemães. É preciso notar que, pouco depois, vários milhares de soldados polacos foram assassinados pelos soviéticos (que depois tentaram acusar os nazis deste caso).
Os polacos também não se esquecem dos quase 50 anos de ditadura comunista. Não é, por esse facto, espantoso que os eurodeputados tenham tomado esta iniciativa pois, para eles, é tão odioso o fascimo como o comunismo.
Franco Frattini teve que vir enquadrar então a proibição da suástica nazi "ao abrigo de uma futura decisão-quadro anti-racista". Mas Frattini reconhece que "compreende muito bem que o símbolo da ex-URSS provoque tanto receio quanto o símbolo nazi, sobretudo nos países do antigo império soviético", estando a diferença, segundo Frattini, no facto da cruz suástica dos nazis ser "o símbolo de uma ideologia racista e anti-semita, abominada pelo sistema de valores da União Europeia, o que não acontece com a foice e o martelo".
De facto, o nazismo era racista, o comunismo não, mas ambos praticaram o genocídio (perguntem aos ucranianos sobreviventes da fome dos anos 30 a que Estaline os condenou, aos cambojanos que sobreviveram a Pol Pot ou aos "boat-people" vietnamitas).
De qualquer modo, as proibições de símbolos são inúteis pois essas ideologias não desaparecem por decreto.
Comentários
Mas a verdade é que esta proibição mesmo assim consegue ser um (pequeno) obstáculo para o surgimento e proliferação destes grupos.