Feminismo e ciência: incompatíveis?

Já por várias vezes pensei abordar aqui o caso de Larry Summers, presidente de Harvard, e dos problemas em que se meteu por ter considerado, com base em estudos científicos, que as diferenças entre os cérebros masculinos e femininos poderia justificar a disparidade de entre homens e mulheres em áreas como as ciências ou a matemática.

Foi quanto bastou para o feminismo radical, dentro da sua própria universidade, lhe caísse em cima e o obrigasse, lamentavelmente, a escrever uma carta de retractação.

Mas, se eu não tive tempo para escrever sobre o assunto, sempre posso recomendar esta excelente entrada n' O Insurgente.

De facto, parece que feminismo e ciência são incompatíveis.

Post scriptum. Para além deste caso, ler também este outro caso desta vez passado na Suécia. Deixem-me só transcrever o início desta entrada no Secular Blasphemy:

Columnist Carl Hamilton in Aftonbladet writes about a very troubling conflict between science and politics in Sweden. My translation:

The government bans opinions on men's and women's brains

In one respect Sweden's government is unique in the world. It has a definite opinion about a scientific controversy: whether women's and man's brains are different, or not. The first time i realised that the government had involved itself in neurobiology, was when gender equality minister [! - ed] Jens Orback in a speech about sexual deviations and living with horses [!!! - ed], affirmed:

- The government considers female and male as social constructions, that means gender patterns are created by upbringing, culture, economical conditions, power structures and political ideology.

Apart from taking a position on this scientific question, the government has deiced to side with the most extreme researchers: gene theoreticians who for ideological reasons state that biology can not have any saying in explaining why male and female behaviour differs.

Aconselho a leitura do resto.

Comentários

Dinamene disse…
Este texto revela bem os caminhos a que tais posições podem levar:

A MULHER É POR NATUREZA UMA VÍTIMA? E O HOMEM, UM VERDUGO?
Elisabeth Badinter
«CAMINHO ERRADO», Edições ASA
Tradução de Carlos Sousa de Almeida

«A mulher é, por natureza, uma vítima?O homem, por definição, um verdugo?Uma denúncia corajosa dos maus caminhos do feminismo radical.Em Caminho Errado, Elisabeth Badinter constata o facto de, nos últimos vinte anos, o movimento feminista radical ter deixado de defender o valor universal da igualdade entre os sexos – igualdade que, obviamente, tem de levar em conta as diferenças existentes –, para se fechar numa postura dogmática, na qual homens e mulheres são convertidos em inimigos irredutíveis, a partir do preconceito absurdo de que ela, a mulher, é vítima por natureza e ele, o homem, por definição um verdugo. Um caminho errado que apenas leva ao caos, ao descrédito do feminismo e ao enfraquecimento da batalha pela verdadeira igualdade entre os sexos.Livro polémico e corajoso, que suscitou em França, aquando da sua publicação, uma discussão escaldante, Caminho Errado traz-nos de novo o vigor analítico de uma autora central do pensamento francês contemporâneo. «Elisabeth Badinter lança uma pequena bomba contra o conformismo tranquilo que caracteriza o movimento feminista há alguns anos.”L’Express“Este livro é um acontecimento. (…) Elisabeth Badinter é uma das intelectuais que construiu com mais fervor o edifício teórico que suporta o feminismo francês. L’Express (Caminho Errado) exemplifica, cita, confronta, desmonta (discursos, textos, inquéritos, estatísticas) e faz barreira contra a histeria puritana e de correcção política.» Elisabete França, Diário de Notícias

Mensagens populares deste blogue

Intervenção neocolonial?

Óscares, cinema e anti-americanismo

Jornalismo copy+paste (ou copiar + colar)