Um olhar exterior
Num interessante artigo sobre a questão de Bolonha, num dos comentários, o Carlos mencionou e deu o endereço para a comunicação de um professor visitante norte-americano do IST, que depois de alguns anos de ensino em Portugal, fez esta comunicação em que se propôs apresentar:
(...) certain controversial ideas and suggestions whose purpose is to help strengthen the ability of Portuguese universities to carry out firs-rate research in the engineering and technology international arena, and to increase the visibility of Portuguese researchers and their institutions among their international peers.
Não estou de acordo com muito do que ele diz, mas certo é que ele toca em alguns pontos fundamentais que tornam as universidades portugueses extremamente estáticas, para além de prolongar, no tempo, os seus principais defeitos (por exemplo, a composição do corpo docente).
Também de notar que este professor não caustica demasiado os alunos, vendo-os antes como vítimas do próprio sistema de ensino, pois, ainda segundo o autor, à entrada da universidade não são inferiores ao do MIT.
Quanto à investigação, e apesar de star numa faculdade de letras, lembro-me de quando estava a discutir como o meu orientador de mestrado alguma da bibliografia, ele ter comentado, a propósito de uma autora, de que ela é que tinha sorte por ter tempo para investigar, ao contrário dele, além das aulas, tinha diversas tarefas burocráticas e administrativas.
Mas se ele se preocupar ainda em arranjar tempo para investigar, havia outros que não apresentavam nada de novo há anos ou então, dedicavam-se há anos a fazer variações à tese de doutoramento, não saindo praticamente do sítio.
Concordando-se ou não com o que é dito por Michael Athans, vale bem a pena a leitura até por alguns dos problemas que levanta. É claro que algumas das sugestões que dá se fossem aplicadas tinhamos uma revolta no Ensino Superior.
(...) certain controversial ideas and suggestions whose purpose is to help strengthen the ability of Portuguese universities to carry out firs-rate research in the engineering and technology international arena, and to increase the visibility of Portuguese researchers and their institutions among their international peers.
Não estou de acordo com muito do que ele diz, mas certo é que ele toca em alguns pontos fundamentais que tornam as universidades portugueses extremamente estáticas, para além de prolongar, no tempo, os seus principais defeitos (por exemplo, a composição do corpo docente).
Também de notar que este professor não caustica demasiado os alunos, vendo-os antes como vítimas do próprio sistema de ensino, pois, ainda segundo o autor, à entrada da universidade não são inferiores ao do MIT.
Quanto à investigação, e apesar de star numa faculdade de letras, lembro-me de quando estava a discutir como o meu orientador de mestrado alguma da bibliografia, ele ter comentado, a propósito de uma autora, de que ela é que tinha sorte por ter tempo para investigar, ao contrário dele, além das aulas, tinha diversas tarefas burocráticas e administrativas.
Mas se ele se preocupar ainda em arranjar tempo para investigar, havia outros que não apresentavam nada de novo há anos ou então, dedicavam-se há anos a fazer variações à tese de doutoramento, não saindo praticamente do sítio.
Concordando-se ou não com o que é dito por Michael Athans, vale bem a pena a leitura até por alguns dos problemas que levanta. É claro que algumas das sugestões que dá se fossem aplicadas tinhamos uma revolta no Ensino Superior.
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