A França está a intervir em força na Costa do Marfim. Naturalmente que esta intervenção não é exactamente igual à dos norte-americanos no Iraque.
Mas parece-me muito claramente uma intervenção neocolonial. Já repararam que a grande maioria das intervenções da França (excluindo a ex-Jugoslávia e a Guerra do Golfo I)foram sempre em países anteriormente colonizados pela França ou sob influência francófona.
Parece-me realmente que a França tem uma forças armadas neocoloniais. Chirac não gosta de revoluções no jardim dele.
Ontem dei conta aqui de um texto de Jorge Silva Melo em que ele se demonstrando insatisfeito com a qualidade das traduções no teatro, fala também de uma crítica "estilo copy + paste". Que os jornais hoje em dia dependem muito das agências noticiosas e que, por vezes, se limitam, a traduzir as notícias já toda a gente sabe. Por vezes, também, fazem-no mal e até se consegue ver de que língua é que a notícia foi traduzida. Outras vezes, mesmo em português, nem sequer conseguem aportuguesar a notícia. Foi o que se passou hoje com uma notícia no JN sobre o Rocco Siffredi (sabem quem é, não?). O jornalista pegou numa notícia da Agência Efe escrita em português do Brasil (que pode ser lida aqui ) e inseriu-a no jornal, tentando, apenas, aportuguesá-la. Mas, seja lá por que motivos foi, a coisa não saiu lá muito bem. Desde frases como «passa pelos "primeiros prazeres solitários no banheiro"» (sabem o que quer dizer banheiro, neste contexto, em português de Portugal?), a f...
Estava eu a ler a coluna do Jorge Silva Melo, no Mil Folhas de ontem, com o título acima, em que ele vai discorrendo sobre a tradução que por aí se pratica no teatro, quando a certa altura, ele escreve: "Na tradução, diz-se, há-de ouvir-se a língua de origem". Ia eu já rever todos os meus conceitos sobre tradução (a presença ou não da língua de origem na tradução é coisa responsável pelo abate de muitas árvores), o estatuto do texto original e essas coisas mais, mas com a leitura do texto até ao fim, pensei, para comigo, (não sabendo se essa era ou não a intenção original do autor, mas isso também não me interessa, pois como diz Pessoa, "E os que lêem o que escreve, / Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, / Mas só a que eles não têm."), que afinal, nos exemplos dados por JSM, ironicamente, a língua original não se ouvia apenas, estava era aos gritos. Escreve JSM: Na tradução, diz-se, há-de ouvir-se a língua de origem. E é inegavelmente bonita a maneira ...
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