73es. 24 Heures du Mans

Ao longo deste tempo que vou mantendo este blogue, tenho a impressão de que nunca falei da minha paixão pelo desporto automóvel em geral, e pela Fórmula 1 em especial, o que me leva a ter uma já interessante biblioteca sobre a F1, não só sobre esta propriamente dita, desde a sua criação em 1947 (mas com campeonato do mundo apenas em 1950), mas também das várias fórmulas e competições que foram suas antcessoras.

Embora o meu interesse se centre sobretudo na Fórmula 1, não desprezo as outras disciplinas, muito especialmente as provas de resistência. E entre estas, as 24 horas de Le Mans são sem dúvida uma prova mítica. Disputada desde 1923, esta é a sua 73.ª edição (não se disputou entre 1940 e 1948).

Para quem quiser acompanhar a corrida pode fazê-lo de duas maneiras (pelo menos): pelo Eurosport com várias transmissões directas durantes as 24 horas ou então pelo sítio oficial das 24 horas.

A prova deste ano tem o interesse ainda de ter 4 portugueses à partida: João Barbosa em Dallara/Judd na 9.ª posição (e 9.º dos LM1), Pedro Lamy (Aston Martin) que parte da 17.ª posição (mas 1.º dos GT1), Ni Amorim que parte de 23.ª posição (7.º dos LM2) e, finalmente, Miguel Ramos (Ferrari) na 30.ª posição (7.º dos GT1).

Por outro lado, foi há 50 anos, na edição de 1955, disputada a 11/12 de Junho desse ano, que se deu o mais terrível acidente de que há memória numa prova automobilística. Neste acidente morreram dezenas de pessoas quando o Mercedes-Benz de Levegh (pseudónimo de Pierre Bouillin), surpreendido por uma travagem de emergência do Austin-Healey de Lance Macklin (que tinha acabado de ser dobrado pelo Jaguar de Mike Hawthorn, que mal o ultrapassou entrou paras as boxes, obrigando Macklin a travar), utilizou a traseira do Austin-Healey para fazer de rampa de lançamento, voando de encontro a um muro. O carro bateu no muro e lá ficou incendiando-se, mas toda o eixo dianteiro (e mais alguma coisa) entrou pelas bancadas dentro ceifando literalmente dezenas de pessoas. Estranhamente, a prova continuou até ao fim, a Mercedes-Benz retirou os carros restantes mas apenas o fim de algumas horas e Mike Hawthorn e o seu parceiro Ivor Bueb ganharam a prova a bordo do Jaguar D.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Intervenção neocolonial?

Óscares, cinema e anti-americanismo

Jornalismo copy+paste (ou copiar + colar)