Da utilidade da praxe universitária
Este blog, nos últimos dois dias, tem andado um pouco abandonado porque tenho que uma tradução grande para fazer com uma complexidade técnica bastante elevada. E como para traduzir não basta saber línguas (quem pensar isso nunca será um grande tradutor), necessitei de procurar informação técnica pormenoriza junto de quem sabe e também onde se encontra literatura técnica adequada. Por isso, nestes últimos dois dias tenho passado o tempo na Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP).
E por ter passado por lá tantas horas, pude observar alguns hábitos praxísticos lá daquela gente. Desde já digo que, enquanto estudante, fui sempre contra a praxe, não praxei nem fui praxado, não trajei à estudante (para ter uma farda bastou-me andar 16 meses no Exército), nunca participei na Semana da Queima, etc., etc., etc... e não me arrependo nada por isso. E nem por isso fui anti-social, pois criei amizades que ainda perduram actualmente.
Vem isto a propósito de que quando estava eu na biblioteca da FEUP, por baixo da entrada da biblioteca, numa zona coberta (foram dias de chuva), realizava-se por lá uma praxe que durou uma eternidade . Na segunda-fera estive na biblioteca das 9h às 17h (com intervalo para almoço, está claro) e durante todo esse tempo lá se ouvia os desgraçados cânticos, os gritos, os hi-hon com que os caloiros respondiam aos "doutores". E eu fiquei a pensar: bem, estes tipos (os caloiros) não vão às aulas? Porque é que eles aturam estes gajos que denominam a si mesmos "doutores", mas que são, alguns deles, do mais burro que anda na faculdade, pois têm já um número enorme de matrículas? Qual o sentido em andarem com os caloiros de um lado para o outro de mãs dadas?
A mim faz-me realmente pena ver jovens entregarem-se como cordeiros para serem imolados a estas praxes ridículas e, frequentemente, degradantes, aceitando o caso como se fosse uma fatalidade. É claro que não é fatalidade alguma. É claro que não têm que aceitar a praxe. Precisam é de ter vontade pois, penso também que há pessoas que pensam que se não forem praxadas não entraram a sério na Univeridade.
E isto é algo que me deixa triste pois essas pessoas aceitam que outros, nem que sejam por breves momentos, ajam autoritariamente sobre eles só porque chegaram primeiro à universidade. Sempre pensei que a praxe é o momento onde há muita gente, entre aqueles que praxam, que aproveita para poder fazer dislates e se rir à custa dos outros, pondo cá fora o ditadorzeco que tèm dentro deles.
Sinceramente não compreendo a utilidade da praxe, pois se queriam fazer integração dos alunos havia muitas outras maneiras de o fazer. Assim, tal como exite, não passa de um espectáculo degradante, tanto para que o faz, como para quem o sofre.
Abaixo a praxe!
E por ter passado por lá tantas horas, pude observar alguns hábitos praxísticos lá daquela gente. Desde já digo que, enquanto estudante, fui sempre contra a praxe, não praxei nem fui praxado, não trajei à estudante (para ter uma farda bastou-me andar 16 meses no Exército), nunca participei na Semana da Queima, etc., etc., etc... e não me arrependo nada por isso. E nem por isso fui anti-social, pois criei amizades que ainda perduram actualmente.
Vem isto a propósito de que quando estava eu na biblioteca da FEUP, por baixo da entrada da biblioteca, numa zona coberta (foram dias de chuva), realizava-se por lá uma praxe que durou uma eternidade . Na segunda-fera estive na biblioteca das 9h às 17h (com intervalo para almoço, está claro) e durante todo esse tempo lá se ouvia os desgraçados cânticos, os gritos, os hi-hon com que os caloiros respondiam aos "doutores". E eu fiquei a pensar: bem, estes tipos (os caloiros) não vão às aulas? Porque é que eles aturam estes gajos que denominam a si mesmos "doutores", mas que são, alguns deles, do mais burro que anda na faculdade, pois têm já um número enorme de matrículas? Qual o sentido em andarem com os caloiros de um lado para o outro de mãs dadas?
A mim faz-me realmente pena ver jovens entregarem-se como cordeiros para serem imolados a estas praxes ridículas e, frequentemente, degradantes, aceitando o caso como se fosse uma fatalidade. É claro que não é fatalidade alguma. É claro que não têm que aceitar a praxe. Precisam é de ter vontade pois, penso também que há pessoas que pensam que se não forem praxadas não entraram a sério na Univeridade.
E isto é algo que me deixa triste pois essas pessoas aceitam que outros, nem que sejam por breves momentos, ajam autoritariamente sobre eles só porque chegaram primeiro à universidade. Sempre pensei que a praxe é o momento onde há muita gente, entre aqueles que praxam, que aproveita para poder fazer dislates e se rir à custa dos outros, pondo cá fora o ditadorzeco que tèm dentro deles.
Sinceramente não compreendo a utilidade da praxe, pois se queriam fazer integração dos alunos havia muitas outras maneiras de o fazer. Assim, tal como exite, não passa de um espectáculo degradante, tanto para que o faz, como para quem o sofre.
Abaixo a praxe!
Comentários
Um caloiro.
Se gosta da praxe, força! Ninguém o impede de gozar as alegrias da praxe. Apenas, e falo por mim, a acho completamente inútil, não precisei dela e é uma perda de tempo. É a minha opinião e tenho todo o direito em escrevê-la. Há quem concorde, há quem discorde. Paciência... é a vida.
Pelo que percebi o Rui acha mesmo que sabe o que é a PRAXE e tem o atrevimento de criticar aqueles que acreditam na sua utilidade..É demasiado convencido para sequer dar o benefício da dúvida...e idiota o suficiente para se vangloriar dos 5 cinco anos de frustração em que acabou o curso...
Fico feliz pela sua eficácia,parece-me bem que se tenha aplicado,dentro das suas imensas limitações.
Caro Rui, embora a sua ignorância não o permita, devia saber que há muitos estudantes que concluiram o curso nos anos previstos e mesmo assim tiveram um percurso praxístico admirável.
Apesar de tudo,acho óptimo que tenha optado por não fazer o mesmo, seria um perfeito estorvo.
Andreia