Pormenores
Há pequenos pormenores que me fazem passar dos carretos. Estava eu a ler o Jornal de Notícias uma pequena notícia (sem hiperligação) sobre Val Kilmer e a personagem que ele interpreta em Alexandre de Oliver Stone, quando vejo que o nome da personagem em questão é escrito como "Philip". Bem quem é este Philip? Nem mais nem menos Filipe da Macedónia. Isto é, o nome de alguém que é mencionado na literatura portuguesa há séculos. Porquê este desconhecimento? Porquê manter o inglês?
Desde já digo que não vi o dito filme, pelo que o redactor da notícia também não era obrigado a fazê-lo (isto quer dizer que também ignoro que nome é que lhe foi dado na legendagem). Mas, independentemente disto, o jornalista deveria saber que o pai de Alexandre da Macedónia era Filipe, conquistador da Grécia. Mas, provavelmente, também nunca ouviu falar, por exemplo, de Demóstenes e das suas Filípicas ou Oração da Coroa.
Se calhar, reparar nestes pormenores pode ser uma bizantinice, mas isto leva-me a pensar que a notícia em questão não passa de uma tradução de uma notícia vinda de fora, feita por alguém que não têm conhecimentos culturais suficientes.
Estou farto de dizer que para fazer tradução não basta saber línguas. Saber línguas é condição necessária, mas não suficiente para se fazer uma tradução correcta, nem que seja de uma notícias com poucas centenas de palavras.
Enfim, coisas como estas repetem-se continuamente e ao que parece não há editores nos jornais que consigam suprir estes desconhecimentos.
Post-scriptum. Ontem, João Paulo Meneses também conta o disparate televisivo da RTP em referir um país chamado Latvia. Anda tudo a dormir nos nossos media?
Desde já digo que não vi o dito filme, pelo que o redactor da notícia também não era obrigado a fazê-lo (isto quer dizer que também ignoro que nome é que lhe foi dado na legendagem). Mas, independentemente disto, o jornalista deveria saber que o pai de Alexandre da Macedónia era Filipe, conquistador da Grécia. Mas, provavelmente, também nunca ouviu falar, por exemplo, de Demóstenes e das suas Filípicas ou Oração da Coroa.
Se calhar, reparar nestes pormenores pode ser uma bizantinice, mas isto leva-me a pensar que a notícia em questão não passa de uma tradução de uma notícia vinda de fora, feita por alguém que não têm conhecimentos culturais suficientes.
Estou farto de dizer que para fazer tradução não basta saber línguas. Saber línguas é condição necessária, mas não suficiente para se fazer uma tradução correcta, nem que seja de uma notícias com poucas centenas de palavras.
Enfim, coisas como estas repetem-se continuamente e ao que parece não há editores nos jornais que consigam suprir estes desconhecimentos.
Post-scriptum. Ontem, João Paulo Meneses também conta o disparate televisivo da RTP em referir um país chamado Latvia. Anda tudo a dormir nos nossos media?
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