Pergunta indiscreta

O Sócrates anda a formar governo no silêncio dos gabinetes ou será que não tem ninguém que aceite os convites (para além daqueles que estão dispostos a aceitar, mas que ninguém os quer)?

É que não adianta andar a dizer que com a Constituição é tudo muito demorado, para depois passada semana e meia das eleições ainda não haver governo. Lembram-se da pressa com que os jornalistas queriam que Santana Lopes formasse governo?

Cá para mim o Sócrates parece-me que desapareceu em (pós-)combate.

Comentários

Nilson Barcelli disse…
Espero que não seja falta de aderentes e seja o que o Vitorino disse, isto é, que o governo não seria formado nos jornais.

Mas também já estou a estranhar tanto silêncio.

Já em tempos visitei o teu blogue e acabei por me esquecer dele. Mas, como ainda o tinha nos favoritos, já o passei para os meus links.

Abraço.
2/3/05 18:49
JorgeMorais disse…
Saberemos a resposta caso o João Soares seja Ministro ;-)

Mas penso que se o António Vitorino não fizer parte do próximo governo, este vai ficar mais fraco.
3/3/05 10:13
Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Intervenção neocolonial?

A França está a intervir em força na Costa do Marfim. Naturalmente que esta intervenção não é exactamente igual à dos norte-americanos no Iraque. Mas parece-me muito claramente uma intervenção neocolonial. Já repararam que a grande maioria das intervenções da França (excluindo a ex-Jugoslávia e a Guerra do Golfo I)foram sempre em países anteriormente colonizados pela França ou sob influência francófona. Parece-me realmente que a França tem uma forças armadas neocoloniais. Chirac não gosta de revoluções no jardim dele.
Ler mais

Jornalismo copy+paste (ou copiar + colar)

Ontem dei conta aqui de um texto de Jorge Silva Melo em que ele se demonstrando insatisfeito com a qualidade das traduções no teatro, fala também de uma crítica "estilo copy + paste". Que os jornais hoje em dia dependem muito das agências noticiosas e que, por vezes, se limitam, a traduzir as notícias já toda a gente sabe. Por vezes, também, fazem-no mal e até se consegue ver de que língua é que a notícia foi traduzida. Outras vezes, mesmo em português, nem sequer conseguem aportuguesar a notícia. Foi o que se passou hoje com uma notícia no JN sobre o Rocco Siffredi (sabem quem é, não?). O jornalista pegou numa notícia da Agência Efe escrita em português do Brasil (que pode ser lida aqui ) e inseriu-a no jornal, tentando, apenas, aportuguesá-la. Mas, seja lá por que motivos foi, a coisa não saiu lá muito bem. Desde frases como «passa pelos "primeiros prazeres solitários no banheiro"» (sabem o que quer dizer banheiro, neste contexto, em português de Portugal?), a f...
Ler mais

"Encore bien que je te trouve"

Estava eu a ler a coluna do Jorge Silva Melo, no Mil Folhas de ontem, com o título acima, em que ele vai discorrendo sobre a tradução que por aí se pratica no teatro, quando a certa altura, ele escreve: "Na tradução, diz-se, há-de ouvir-se a língua de origem". Ia eu já rever todos os meus conceitos sobre tradução (a presença ou não da língua de origem na tradução é coisa responsável pelo abate de muitas árvores), o estatuto do texto original e essas coisas mais, mas com a leitura do texto até ao fim, pensei, para comigo, (não sabendo se essa era ou não a intenção original do autor, mas isso também não me interessa, pois como diz Pessoa, "E os que lêem o que escreve, / Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, / Mas só a que eles não têm."), que afinal, nos exemplos dados por JSM, ironicamente, a língua original não se ouvia apenas, estava era aos gritos. Escreve JSM: Na tradução, diz-se, há-de ouvir-se a língua de origem. E é inegavelmente bonita a maneira ...
Ler mais