A expulsão dos Judeus da Península Ibérica

A 1 de Agosto de 1492 terminava o prazo dado pelos Reis Católicos, Fernando e Isabel, para que os judeus saíssem de Espanha. A expulsão não teve, ao contrário do que muita gente pensa, uma motivação principalmente religiosa (embora ela também existisse), mas sobretudo financeira. Os judeus constituiam grande parte da burguesia emergente que, pelo seu poder financeiro, provocavam a inveja de nobres e clero.

Aliás, essa motivações financeiras nas expulsões dos judeus, bem como a chantagem que os reis da Europa Ocidental faziam sobre a sua população judia, mantendo-os sempre sob ameaça para lhe poder extorquir dinheiro, sempre existiram durante toda a Idade Média. Por isso houve expulsões sucessivas em vários países europeus. Por exemplo, não nos podemos esquecer de que antes da expulsão decretada pelo Reis Católicos, já Filipe Augusto (1182), Filipe, o Belo (1306) e Carlos VI (1394) decretaram a expulsão dos judeus em França. Na Inglaterra, também João Sem-Terra (1210) e Eduardo I (1290) decretaram a expulsão dos judeus (sendo que com esta última a comunidade judaica inglesa praticamente se extinguiu).

Uma boa parte desses judeus veio para Portugal, no reinado de D. João II, mas também aqui não tiveram a vida fácil pois, passados poucos anos, a 5 de Dezembro de 1496, no início do reinado de D. Manuel I, foi ordenada também a sua expulsão do reino.

Obviamente que estas expulsões foram extremamente prejudiciais para os reinos ibéricos, pois grande parte da "massa cinzenta" e de sectores dinâmicos da sociedade estavam exactamente localizados nos judeus...

Mas a História não se pode reescrever (embora haja sempre quem tente).

Comentários

Anónimo disse…
A Mentira tem pernas curtas, mas anda. E como anda.

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