Notas soltas de um debate
Ontem, ouvi grande parte do debate relativo à interpelação que o CDS-PP fez à política externa portuguesa e ouvi algumas coisas absolutamente inacetáveis.
Uma delas foi a referência do Morgenavisen Jyllands-Posten como um jornal de extrema-direita. Isto é uma táctica habitual da esquerda, a colocaçao de uma etiqueta considerada infamante para automaticamente se desqualificar a opinião do adversário sem sequer ser necessário discutir os seus méritos.
Só que este jornal está longe de ser um jornal de extrema-direita ou até, ao contrário do que até foi dito na TV, de ser um pequeno jornal. Visitanto a página FAQ do mesmo jornal, ficamos a saber que ele tem uma tiragem diária de 150.252 exemplares à semana e de 205.303 ao domingo.
Sobre o seu posicionamento político, afirma-se como liberal e independente, que socialmente sempre tomou partido pelo o indivíduo contra a concentração de poder. Se isto é ser de extrema-direita...
Outros disparates foram ditos por Freitas do Amaral, como já muito bem mencionaram, por exemplo, Gabriel, VPV e LA.
Mas, parece-me particularmente grave a compreensão manifestada por Freitas pela reacção violenta dos muçulmanos ao caso das caricaturas. É que não pode haver compreensão alguma por uma reacção que demonstra intolerância e que foi convenientemente manipulado por líderes islâmicos e governos totalitários e autoritários, para além de visar amedrontar e calar qualquer crítica ao Islão (e parece que conseguiram em alguns casos, é só ver as lamentáveis acções de Solana, da presidente e do primeiro-ministro da Finlândia, do governo da Noruega, do secretário-geral da ONU, etc.)
Não se pode manifestar qualquer compreensão por quem nos quer calar e impedir de emitir as nossas opiniões, por muito ofendidos que possam estar.
Também se disse que o mundo estava mais inseguro desde a Guerra no Iraque ou não. É preciso lembrar que os ataques na costa oriental de África às embaixadas americanas aconteceram na era Clinton, que os atentados de Nova Iorque e Bali aconteceram antes de 2003, por exemplo. Que se a situação na Palestina está mal, a culpa não é propriamente dos americanos. Em que números, em que estudos se baseiam para dizer isto? Já estudaram as últimas décadas? Há alguma seriedade nessa opinião? Duvido... Por exemplo, alguém se lembra do número de atentados da extrema-esquerda na Europa dos anos 70 e da quantidade de mortos que fez?
A apresentação de uma política de apaziguamento como uma política de paz foi outra das estratégias utilizadas pelo ministro e pela esquerda em geral, tentando fazer parecer os que defendem outra política como monstros vorazes que gostam da guerra. Que o apaziguamento nunca levou à paz, mas apenas à guerra e por vezes à destruição, está a história plena de casos. Já diziam os romanos "Si uis pacem, para bellum". No entanto, a guerra deve ser sempre a "ultima ratio" para resolver uma questão. Mas, neste caso das caricaturas, nem sequer era preciso estar preparado para a guerra. Bastava a União Europeia ter sido firme na defesa da liberdade de expressão e do seu país-membro, Dinamarca, abstendo-se de fazer considerações sobre o suposto bom ou mau gosto das caricaturas. A mensagem enviada teria sido bem mais eficaz e profícua para as futuras relações internacionais.
No fim de contas, apenas se provou que a posição de Freitas foi apenas lamentável com aspectos verdadeiramente ridículos (o tal torneio de futebol - será que as equipas europeias teriam que ser obrigadas a perder, para não ofenderem os muçulmanos?).
Uma delas foi a referência do Morgenavisen Jyllands-Posten como um jornal de extrema-direita. Isto é uma táctica habitual da esquerda, a colocaçao de uma etiqueta considerada infamante para automaticamente se desqualificar a opinião do adversário sem sequer ser necessário discutir os seus méritos.
Só que este jornal está longe de ser um jornal de extrema-direita ou até, ao contrário do que até foi dito na TV, de ser um pequeno jornal. Visitanto a página FAQ do mesmo jornal, ficamos a saber que ele tem uma tiragem diária de 150.252 exemplares à semana e de 205.303 ao domingo.
Sobre o seu posicionamento político, afirma-se como liberal e independente, que socialmente sempre tomou partido pelo o indivíduo contra a concentração de poder. Se isto é ser de extrema-direita...
Outros disparates foram ditos por Freitas do Amaral, como já muito bem mencionaram, por exemplo, Gabriel, VPV e LA.
Mas, parece-me particularmente grave a compreensão manifestada por Freitas pela reacção violenta dos muçulmanos ao caso das caricaturas. É que não pode haver compreensão alguma por uma reacção que demonstra intolerância e que foi convenientemente manipulado por líderes islâmicos e governos totalitários e autoritários, para além de visar amedrontar e calar qualquer crítica ao Islão (e parece que conseguiram em alguns casos, é só ver as lamentáveis acções de Solana, da presidente e do primeiro-ministro da Finlândia, do governo da Noruega, do secretário-geral da ONU, etc.)
Não se pode manifestar qualquer compreensão por quem nos quer calar e impedir de emitir as nossas opiniões, por muito ofendidos que possam estar.
Também se disse que o mundo estava mais inseguro desde a Guerra no Iraque ou não. É preciso lembrar que os ataques na costa oriental de África às embaixadas americanas aconteceram na era Clinton, que os atentados de Nova Iorque e Bali aconteceram antes de 2003, por exemplo. Que se a situação na Palestina está mal, a culpa não é propriamente dos americanos. Em que números, em que estudos se baseiam para dizer isto? Já estudaram as últimas décadas? Há alguma seriedade nessa opinião? Duvido... Por exemplo, alguém se lembra do número de atentados da extrema-esquerda na Europa dos anos 70 e da quantidade de mortos que fez?
A apresentação de uma política de apaziguamento como uma política de paz foi outra das estratégias utilizadas pelo ministro e pela esquerda em geral, tentando fazer parecer os que defendem outra política como monstros vorazes que gostam da guerra. Que o apaziguamento nunca levou à paz, mas apenas à guerra e por vezes à destruição, está a história plena de casos. Já diziam os romanos "Si uis pacem, para bellum". No entanto, a guerra deve ser sempre a "ultima ratio" para resolver uma questão. Mas, neste caso das caricaturas, nem sequer era preciso estar preparado para a guerra. Bastava a União Europeia ter sido firme na defesa da liberdade de expressão e do seu país-membro, Dinamarca, abstendo-se de fazer considerações sobre o suposto bom ou mau gosto das caricaturas. A mensagem enviada teria sido bem mais eficaz e profícua para as futuras relações internacionais.
No fim de contas, apenas se provou que a posição de Freitas foi apenas lamentável com aspectos verdadeiramente ridículos (o tal torneio de futebol - será que as equipas europeias teriam que ser obrigadas a perder, para não ofenderem os muçulmanos?).
Comentários
vc não acredita em Deus..
e ainda acredita que há armas de destruição maciça no Iraque?