Memória
Na minha mania de mencionar factos do passado, não podia deixar passar o 13º aniversário do fatídico massacre no cemitério de Santa Cruz em Timor-Leste.
Só um aparte linguístico: nunca gostei desta maneira de referir o país (Timor-Leste). É um decalque de East Timor que não tem razão de existir em português; porque não escrever Timor Oriental? Era mais correcto. É que "leste" não é adjectivo, para ter valor adjectival teria de se escrever "de leste", como aliás se fazia com a Alemanha Oriental também chamada Alemanha de Leste. Bem, foi só um desabafo.
Este massacre, em que terão morrido cerca de 200 pessoas, foi um ponto de viragem na questão de Timor, pois, ao contrário dos massacres que tinham acontecido no passado, este foi filmado e todo o mundo pode ver na televisão a actuação criminosa e genocida do ocupante indonésio.
A partir daí a questão timorense começou, lentamente, a estar na ordem do dia, primeiro, da diplomacia portuguesa, depois da europeia e por fim da dos norte-americanos. O resultado já todos nós o conhecemos.
Mas a divulgação televisiva do massacre em muito contribuiu para o resultado final.
Post-scriptum. Durante os 24 anos de ocupação indonésia de Timor, terão morrido cerca de 200 mil timorenses, numa população que tinha menos de um milhão de habitantes. Não sei quantas pessoas terão morrido no conflito israelo-árabe em mais de 50 anos, mas duvido que tenha morrido tanta gente como aquela que morreu em Timor. Quando ouço comparar Israel aos nazis é óbvio que esta gente não tem o sentido das proporções nem sabe do que está a falar. Genocídio foi o que aconteceu em Timor, não aquilo que acontece na Palestina (embora também trágico).
Só um aparte linguístico: nunca gostei desta maneira de referir o país (Timor-Leste). É um decalque de East Timor que não tem razão de existir em português; porque não escrever Timor Oriental? Era mais correcto. É que "leste" não é adjectivo, para ter valor adjectival teria de se escrever "de leste", como aliás se fazia com a Alemanha Oriental também chamada Alemanha de Leste. Bem, foi só um desabafo.
Este massacre, em que terão morrido cerca de 200 pessoas, foi um ponto de viragem na questão de Timor, pois, ao contrário dos massacres que tinham acontecido no passado, este foi filmado e todo o mundo pode ver na televisão a actuação criminosa e genocida do ocupante indonésio.
A partir daí a questão timorense começou, lentamente, a estar na ordem do dia, primeiro, da diplomacia portuguesa, depois da europeia e por fim da dos norte-americanos. O resultado já todos nós o conhecemos.
Mas a divulgação televisiva do massacre em muito contribuiu para o resultado final.
Post-scriptum. Durante os 24 anos de ocupação indonésia de Timor, terão morrido cerca de 200 mil timorenses, numa população que tinha menos de um milhão de habitantes. Não sei quantas pessoas terão morrido no conflito israelo-árabe em mais de 50 anos, mas duvido que tenha morrido tanta gente como aquela que morreu em Timor. Quando ouço comparar Israel aos nazis é óbvio que esta gente não tem o sentido das proporções nem sabe do que está a falar. Genocídio foi o que aconteceu em Timor, não aquilo que acontece na Palestina (embora também trágico).
Comentários
Quanto ao segundo ponto, está igualmente muito bem notado. Retenho até de memória que a maior chacina de que os palestinianos foram vítimas, terá sido praticada pelos seus irmãos jordanos, a mando do rei Hussein, salvo erro em 1970 ou 71, quando aqueles os expulsaram de território jordano. Terão sido chacinados uns largos milhares e só de uma vez. Isto pode ser averiguado e confirmado. Mas os nossos bem-pensantes jornalistas não sentem essa inclinação.