Portunhol na rádio?
Num artigo anterior, a propósito do Plano Ibarretxe, escrevi:
É certo que há muitas portugueses que, apesar de irem muitas vezes a Espanha, têm um total desconhecimento do país, pensando que se trata de um estado-nação como é o caso de Portugal. Até já assisti a casos, na Galiza, de portugueses que, passando a fronteira do Minho, desatam a falar "portunhol" para uma população que fala maioritariamente galego e que, por isso, nos compreendem com grande facilidade.
O que não sabia é que os nossos jornalistas fazem o mesmo. No caso do pesqueiro espanhol com parte da tripulação portuguesa que estava em dificuldades na costa da Escócia, a TSF entrevistou a empresa armadora. E naturalmente a jornalista utilizou o castelhano (ou aquilo que ela pensa ser castlehano). O armador é galego. A mulher do armador que foi quem falou à rádio respondeu, naturalmente, em galego. Não mais valia as perguntas terem sido feitas em português?
É que apesar da castelhanização forçada do galego por muitos séculos de domínio linguístico de Castela (e com o Sr. Fraga a não ajudar nada, ao contrário do que se passa na Catalunha ou no País Basco, o que também não admira pois ele é um ferrenho espanholista), o galego continua ser mais próximo do português que do castelhano (andem pelo campo na Galiza e façam a experiência).
A rádio também desconhece a Espanha.
Post-scriptum. Espanholistas e galegos que não querem que o galego se aproxime mais do português não há só no Partido Popular da Galiza. Os socialistas da Galiza também têm desses casos. É ver o caso da Corunha e das guerras acerca da toponímia.
É certo que há muitas portugueses que, apesar de irem muitas vezes a Espanha, têm um total desconhecimento do país, pensando que se trata de um estado-nação como é o caso de Portugal. Até já assisti a casos, na Galiza, de portugueses que, passando a fronteira do Minho, desatam a falar "portunhol" para uma população que fala maioritariamente galego e que, por isso, nos compreendem com grande facilidade.
O que não sabia é que os nossos jornalistas fazem o mesmo. No caso do pesqueiro espanhol com parte da tripulação portuguesa que estava em dificuldades na costa da Escócia, a TSF entrevistou a empresa armadora. E naturalmente a jornalista utilizou o castelhano (ou aquilo que ela pensa ser castlehano). O armador é galego. A mulher do armador que foi quem falou à rádio respondeu, naturalmente, em galego. Não mais valia as perguntas terem sido feitas em português?
É que apesar da castelhanização forçada do galego por muitos séculos de domínio linguístico de Castela (e com o Sr. Fraga a não ajudar nada, ao contrário do que se passa na Catalunha ou no País Basco, o que também não admira pois ele é um ferrenho espanholista), o galego continua ser mais próximo do português que do castelhano (andem pelo campo na Galiza e façam a experiência).
A rádio também desconhece a Espanha.
Post-scriptum. Espanholistas e galegos que não querem que o galego se aproxime mais do português não há só no Partido Popular da Galiza. Os socialistas da Galiza também têm desses casos. É ver o caso da Corunha e das guerras acerca da toponímia.
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