Cerca de mil e quinhentas pessoas, entre as quais estavam artistas, escritores, etc..., manifestaram-se em Copenhaga contra a presença de tropas dinamarquesas no Iraque, bem como, exigindo o fim da ocupação estrangeira.
A primeira nota dirijo-a para o facto da notícia referir que entre os manifestantes estava gente ligada à cultura, enfim os chamados intelectuais, como se isso fosse uma caução de garantia de qualidade (isto é, neste caso, de que os manifestantes tinham razão). Ora, o facto de se ser intelectual, não quer dizer que se seja muito esclarecido em política. É bom lembrar que a tirania soviética foi entusiasticamente apoiada por intelectuais, bem como, em Itália, o fascismo teve o apoio de muitos intelectuais italianos.
Mas quanta a essa mania dos intelectuais serem uma espécie de guias, de faróis da humanidade, venho aqui recordar uma entrevista (p. 19-20) já antiga (1993) de Chomsky - de quem não sou particular admirador, quer do seu trabalho linguístico (não é a m...